segunda-feira, 29 de abril de 2013

REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO



O plano original de Deus não era dar ao homem a Sua palavra em forma escrita. Os anjos eram os ensinadores dos homens. Adão e Eva eram visitados livremente por Deus e os anjos, porém, com a entrada do pecado esta livre comunhão foi interrompida.

Sendo que a glória de Deus se tornou um fogo consumidor para o homem, Deus estabeleceu um plano, que lhe permitia apresentar a Sua vontade à família humana.
A palavra foi transmitida verbalmente pelos profetas durante aproximadamente 2.500 anos. Isto foi possível porque as pessoas no inicio do mundo foram privilegiadas com longevidade e prodigiosa memória.
O homem apenas pode conhecer a Deus porque Ele Se revela. Todos os cristãos reconhecem que Deus Se revela por intermédio dos profetas e esta revelação se consumou em Jesus Cristo, por ser Ele o maior dos profetas. Cristo em todos os Seus ensinos tornou bem claro que Ele era uma revelação de Deus.
Toda a Teologia nada mais é do que uma revelação que a Bíblia apresenta a respeito de Deus.
O que é Revelação?

Revelação bíblica é Deus tornar conhecido Seus pensamentos, Suas intenções, Seus desígnios, Seus mistérios. Isa. 55:8-9, Rom. 11:33-34, Apoc. 1:1.

A Bíblia é a mensagem de Deus em palavras humanas. Há um Deus transcendente que escolheu revelar-se ao homem, para que ele entenda como se formaram as coisas.

Revelação tem que ver mais com o conteúdo. A Bíblia está repleta de expressões como: "e falou o Senhor", "eis o que diz o Senhor", "veio a mim a palavra do Senhor". Daí a propriedade de denominarmos o conjunto destas revelações de A Palavra de Deus.

Etimologicamente, revelação vem do latim revelo, que significa descobrir, desvendar, levantar o véu. Revelação significa portanto descobrimento, manifestação de algo que está escondido. A palavra grega correspondente à latina revelação é Apocalipse.
INSPIRAÇÃO


Daniel Rops no livro Que é a Bíblia?, página 40 define inspiração como sendo a operação divina que toma conta do autor sagrado, esclarecendo-o, guiando-o, assistindo-o na execução do seu trabalho.
Também é uma palavra latina, derivada do verbo inspiro, que quer dizer "soprar para dentro".

Inspiração refere-se à transmissão, à maneira como o homem torna conhecida a vontade de Deus.

II Tim. 3:16 nos diz que toda a escritura é divinamente inspirada, em grego "theopneustos", bafejada por Deus, tendo o sopro de Deus, inspirada por Deus.

Os termos inspiração e revelação são muitas vezes empregados indistintamente, por exprimirem apenas aspectos diferentes da mesma verdade grandiosa.

As escrituras podem, em resumo, ser definidas como a descrição feita por escritores inspirados duma série de revelações de Deus ao homem.

A declaração de que a Escritura é inspirada por Deus é feita de várias formas. No novo Testamento encontramos referências aos profetas do Velho Testamento, como as seguintes:

"Homens que falaram da parte de Deus" e "que foram movidos pelo Espírito Santo", "o Espírito de Cristo que estava neles testificou".

O salmista Davi afirma em 11 Sam. 23:2: "O Espírito do Senhor fala por meu intermédio".
Destas afirmações se conclui que a Bíblia é um livro divino, mas evidentemente ele não caiu pronto do céu. Para que a Bíblia se concretizasse, o Espírito Santo Se serviu de instrumentos que eram humanos e que conservavam a respectiva personalidade, o caráter, talento e gênio, os hábitos intelectuais e poderes de estilo. Deus não violentou nem destruiu as faculdades daqueles que deviam formular a Sua mensagem. O escritor continuava sendo homem, com seu modo de ser, sua linguagem própria, seu próprio estilo.

Pedro e João são escritores simples, usando um vocabulário reduzido. Paulo e Lucas são escritores cultos, usando linguagem rica, primorosa e repleta de figuras literárias.

Pela nossa revista "Review and Herald", do dia 18 de outubro de 1887 Urias Smith respondeu à seguinte pergunta:

"Não é uma palavra o sinal de uma idéia? E como pode então uma idéia ser inspirada e os sinais que transferem a idéia de uma mente para outra não ter inspiração?" Sua resposta: "Se houvesse apenas uma palavra para expressar uma idéia, talvez isso pudesse ser assim; mas quando há talvez uma centena de modos para expressar a mesma idéia, o caso se torna muito diferente. Naturalmente se o Espírito Santo ditasse as palavras para uma pessoa escrever, ela seria obrigada a usar aquelas mesmas palavras sem mudança alguma; mas quando uma simples cena ou vista é apresentada à pessoa e nenhuma linguagem é dada, ela terá a liberdade de descrevê-la com suas próprias palavras, como melhor lhe parece expressar a verdade do caso. E se havendo já escrito, uma melhor maneira de expressar lhe ocorre, é perfeitamente lícito riscar o que já escreveu, para tornar a escrever, conservando estritamente as idéias e os fatos que lhe foram apresentados. E na segunda versão haveria, tanto como na primeira, a mesma idéia divinamente comunicada.

Muito do que os profetas escreveram nas Escrituras são palavras faladas diretamente pelo Senhor e não são as suas próprias. Em tais casos, naturalmente, as palavras são inspiradas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FERNANDEZ, Karen. Metodologia Científica: curso FMB, pós-graduação, 27/agostoNotas de aulas mimeografadas, São Paulo, 2008

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Radio Maranata